Estaria Obama preocupado com a espionagem e os drones? (Foto: WND.com)
Até onde o buraco negro da espionagem praticada pelos EUA vai chegar? Não parece ter fim.
Nos últimos dias, Edward Snowden estava animado e divulgou novos documentos, brilhantemente “traduzidos” por Glenn Greenwald, que deixou o jornal Guardian e vai apresentar nos próximos meses um projeto bem interessante de agência de grandes reportagens. Esse modelo pode ser uma das salvações dos jornais impressos, mas isso é pauta para outro artigo.
As novas denúncias de Snowden apontam que o governo americano espionou sem dó ao menos 35 líderes mundiais nos últimos 11 anos. Angela Merkel já começou a ser grampeada em 2002, quando ainda não almejava ocupar o posto do social-democrata Gerhard Schröder.
Também caíram na araponga da Casa Branca os mexicanos Felipe Calderón (ex-presidente) e Enrique Peña Nieta (atual mandatário), François Hollande, Dilma e tantos outros.
A história que a NSA (Agência de Segurança Nacional) fazia o trabalho sujo para evitar ataques terroristas é pura balela, como PLANETA POLÍTICA já havia mencionado. Onde está a ameaça nos telefonemas particulares de Merkel ou no email pessoal da nossa presidente? A diplomacia dos EUA disse que vai “explicar” aos parceiros o que aconteceu. Podemos acreditar nas palavras de Obama nessa área de Inteligência?
O democrata, a quem PLANETA POLÍTICA apoiou nas eleições presidenciais, é uma negação na eficiência do combate ao terrorismo. Tirando a morte de Bin Laden, a espionagem descontrolada e os ataques de drones no Paquistão serão a mancha no segundo mandato de Barack. Os relatos daqueles que viram inocentes sendo mortos por aviões não tripulados são de tristeza profunda e absoluta. Uma das últimas vítimas, uma idosa que colhia rabanetes para sua neta, foi simplesmente destruída pela tecnologia americana. Isso representa a maior democracia do mundo? E o Nobel da Paz a Obama?